Uma faca de combate
Uma pedra de amolar
Manter a faca afiada
Para o inimigo eliminar
A fé remove montanhas
Mas não flutua afogada
Seremos comandos anfíbios
Prontos pra cumprir qualquer missão
Eu já estive no inferno cheguei a uma conclusão
No inferno não existe fogo
Existe água e enche meu pulmão

Era um coveiro com cara de defunto

Raimundo, Raimundo acorda vagabundo

Era um coveiro chamado Raimundo

Raimundo, Raimundo chegou  mais um defunto

Mais um belo dia Raimundo adoeceu

E sem que se esperasse Raimundo morreu

E no cemitério foi aquela festança

Caveiras dançavam em cima das catacumbas

Raimundo, Raimundo bem-vindo ao nosso mundo

E no cemitério Raimundo foi se enturmando

E pela vizinhança logo se apaixonando

Era uma caveira magra feia desdentada

Que pelo Raimundo ficou logo apaixonada

Depois de nove meses foi aquela choradeira

Mamãe, mamãe eu quero mamadeira

Desculpa meu filinho não tenho peito

Eu sou caveira

Vai desejar a morte, o seu sangue irá jorrar!
Assim vai ser teu fim quando o Infante passar!
Tenho os olhos famintos, sou semente do mal,
não perdôo o inimigo sou um demônio com o FAL
vou perfurar teu corpo com um montão de estacas planges;
arrancar seu coração e ainda beber o seu sangue!
Prepara tua carcaça pra rajada de Beretta,
te retalhar todinho com sabre e baioneta!
Porque eu vou explodir seu crânio com um tiro de Escopeta;
Sou infante, sou da selva, sou pior que o capeta!

Demônios camuflados surgem da escuridão
sentinelas ensangüentados no rastejo pelo chão
me pergunte de onde venho, venho da escuridão
trago a morte, o desespero e a total destruição
sangue frio em minhas veias congelou meu coração
nos gostamos de explosivos nosso lema e vibração
quero ver o inimigo se arrastando pelo chão
com a perna amputada implorando o meu perdão!

O infante e o guerrilheiro tiveram uma discussão
Pra saber qual o melhor da selva da região
Os dois se propuseram a conquistar objetivos
Quem chegasse primeiro era mesmo o invencível
Entraram na selva e logo escureceu
Agora eu vou contar tudo o que aconteceu
O infante adiantou-se na frente do guerrilheiro
Mostrando sua fibra sua moral de guerreiro
O infante macetoso sua bússola seguia
Enquanto o guerrilheiro na selva já se perdia
Chegando logo em frente preparou uma armadilha
Enquanto o guerrilheiro desesperado se abatia
Mas o destino cruel se abateu
Agora eu vou contar o que foi que aconteceu
Uma cobra venenosa deu o bote e o mordeu
Veja que essa cobra tem veneno muito forte
Pensar que levaria o velho infante à morte
Mas no infante o veneno desta cobra se inverteu
E ao invés do infante foi a cobra que morreu
Ficou comprovado o infante é combatente
Não teme o guerrilheiro nem tão pouco a serpente
Ficou comprovado o infante é destemido
Deixou o guerrilheiro dentro da selva perdido.

Eu tenho uma mania que já é tradição,
De nunca me entregar e de nunca ir ao chão
Eu sei que o que eu faço, pouca gente quer fazer

A fome, o frio é grande, o sono é pra valer,
De coturno engraxado e pouca água no cantil
A mochila bem pesada, guarda alto o meu fuzil
Quando corro com essa tropa sinto muita vibração,
E o importante desta turma é a nossa união!

Todo pantaneiro tem no peito um jacaré,
E esse jacaré é que dá sua moraaal,
No combate sobrevive nessa imensa região,
Para ser pantaneiro não é moleza não,
Ele conhece a onça, a capivara e o quati a cobra jararaca, a cascavel e a sucurii
Esse Jacaré no seu peito vale ouro
E o seu preço é um tesouro e com meu coro eu vou pagar.

Eu quero me casar
Mas não acho com quem
Casar com mulher gorda
Mulher gorda não convém
Não convém
Mulher gorda não convém
Eu não quero me espremer
Na gordura de ninguém

Eu quero me casar
Mas não acho com quem
Casar com mulher magra
Mulher magra não convém
Não convém
Mulher magra não convém
Eu não quero me espetar
Na ossada de ninguém Eu quero me casar
Mas não acho com quem Casar com mulher alta
Mulher alta não convém
Não convém

Mulher alta não convém
Eu não vou me pendurar
No pescoço de ninguém
Eu quero me casar
Mas não acho com quem
Casar com mulher baixa
Mulher baixa não convém
Não convém
Mulher baixa não convém
Eu não vou me abaixar
Pra ter que beijar ninguém
Eu quero me casar
Mas não acho com quem
Casar com mulher pobre
Mulher pobre não convém
Não convém Mulher pobre não convém
Eu não quero me arruinar
Na pobreza de ninguém

Eu quero me casar
Eu já sei com quem
Casar com mulher rica
Mulher rica me convém
Me convém Mulher rica me convém
Mas não vou me aproveitar
Da riqueza do meu bem